Uma
das principais causas de quebra de blocos na alvenaria estrutural são os cortes
executados nas paredes para a colocação das caixas de passagem elétricas. O
procedimento correto para fixação das caixas de passagem elétricas é fazer os
cortes na alvenaria com ferramentas adequadas, para não haver quebras. Porém
poucos profissionais aderem ao uso das ferramentas de corte, utilizando, sem
responsabilidade alguma, marretas e outras ferramentas para quebrar os blocos.
Com
o intuito de resolver este problema foidesenvolvida uma nova tecnologia para instalação das caixas de passagem
elétricas. São as caixas de passagem
específicas para blocos de concreto. Sua instalação é rápida e simples;
·Primeiramente são
executados furos em pontos específicos na alvenaria, utilizando uma furadeira
elétrica com broca de vídea de 4”( serra copo diamantada ).
·Posteriormentecoloca-se a caixa no furo fixando-a por meio
de parafusos que expandem a lateral e a ancoram na alvenaria. Este tipo de
instalação dispensa a utilização de chumbamento com argamassa, gera pouca
sujeira, realiza o alinhamento perfeito das caixas e obtém um ótimo acabamento.
Para
a correta instalação elétrica na alvenaria, seguem algumas orientações:
a)
Utilizar o projeto elétrico para fazer a marcação dos pontos elétricos (tomadas
baixas, médias, altas e interruptores);
b)
Utilizando furadeira com serra copo de 4”, fazer os furos nos pontos elétricos
marcados na alvenaria;
c)
Retirar de dentro dos blocos as pontas dos eletrodutos, que acompanharam a
elevação da alvenaria;
d)
Fazer a fixação das caixas de passagem elétricas, recorrendo aos procedimentos
citados anteriormente
e)
Conferir os pontos executados em relação ao projeto;
f)
Fazer a limpeza do local.
Esse
procedimento evita cortes e quebras indesejáveis na alvenaria, não danifica a
estrutura, obtém maior produtividade e gera pouco entulho na obra.
Os
pontos das tomadas médias e interruptores estão localizados na sexta fiada. Assim
que a alvenaria estiver concluída, é feita uma abertura na junta horizontal
entre a sexta e sétima fiada, por essa abertura, insere-se o eletroduto dentro
dos blocos deixando, aproximadamente, 30 cm de fora da parede e 30 cm acima da
canaleta, para a conexão com o eletroduto da laje. Posteriormente, as caixas de
passagem 4 x 2” serão instaladas. Atentar para que este procedimento seja feito
antes do grauteamento da canaleta, para facilitar sua execução.
As
caixas disponíveis no mercado possuem tampas protetoras que devem ser removidas
após a execução dos revestimentos e permitem um perfeito acabamento entre
parede e caixa.
A
seguir estou postando um vídeo feito pela Torniplast e outro pela Original onde são expostos seus
produtos objetos deste post.
A
alvenaria estrutural é um sistema construtivo tradicional, utilizado há milhões
de anos. Inicialmente eram utilizados blocos de rocha como elementos de
alvenaria, mas a partir do ano 4.000 A.C. a argila passou a ser trabalhada
possibilitando a produção de tijolos.
O
sistema construtivo desenvolveu-se inicialmente através do simples empilhamento
de tijolos ou blocos, sendo os vãos executados com peças auxiliares, como vigas
de madeira ou pedra. Ao passar do tempo, foi descoberta uma alternativa para a
execução dos vãos: os arcos. Estes seriam obtidos através do arranjo entre as
unidades. Assim foram executadas pontes e outras obras de grande beleza,
obtendo maior qualidade à alvenaria estrutural. Um exemplo disso é a parte
superior da igreja de Notre Dame, em Paris. Ao longo dos séculos obras
importantes foram executadas em alvenaria estrutural, entre elas; o Parthenon,
na Grécia, construído entre 480 a.C. e 323 a.C. e a Muralha da China, construída
no período de 1368 a 1644.
Até
o final do século XIX a alvenaria predominou como material estrutural, porém
devido à falta de estudos e de pesquisas na área, não se tinha conhecimento de
técnicas de racionalização. As teorias de cálculos eram feitos de forma
empírica, com isso não se tinha plena garantia da segurança da estrutura,
forçando um superdimensionamento das mesmas. Em 1950 surgiram códigos de obras
e normas com procedimentos de cálculo na Europa e América do Norte, o que
promoveu em um crescimento marcante da alvenaria estrutural em todo mundo.
No Brasil
em 1966 foram construídos os primeiros prédios em alvenaria estrutural, com 4
pavimentos em alvenaria armada de blocos de concreto, no Conjunto Habitacional
“Central Parque da Lapa”. É estimado que no Brasil, entre 1964 e 1966, tenham
sido executados mais de dois milhões de unidades habitacionais em alvenaria
estrutural.
A
alvenaria estrutural atingiu o auge no Brasil na década de 80 com a normalização oficial (ABNT e
posteriormente referendada pelo INMETRO). Outras tecnologias foram importadas e
adaptadas em anos subsequentes, mas até o presente não foram, ainda,
normalizadas. Assim o Sistema começou a ser utilizado em grande escala naconstrução deconjuntos habitacionais para usuários de baixa renda. Devido ao seu
grande potencial de redução de custos diversas construtoras e produtoras de
blocos investiram nessa tecnologia. A inexperiência por parte dos profissionais
dificultou sua aplicação com vantagens e causou várias patologias nesse tipo de
edificação, fazendo com que o processo da alvenaria estrutural desacelerasse
novamente. Apesar disso, as vantagens econômicas proporcionadas pela alvenaria
estrutural em relação ao sistema construtivo convencional incentivaram algumas
construtoras a continuarem no sistema e buscarem soluções para os problemas
patológicos observados.
Atualmente,
no Brasil, com a abertura de novas fábricas de materiais assim como o
desenvolvimento de pesquisas com a parceria de empresas do ramo (cerâmicas,
concreteiras, etc.) fazem com que a cada dia mais construtores utilizem e se
interessem pelo sistema.
A
Alvenaria Estrutural deve ser considerada como um Processo Executivo
Racionalizado. Portanto, deve ser projetado, calculado e construído em
conformidade com as normas pertinentes, visando funcionalidade com segurança e
economia. Desta forma é fundamental a perfeita integração entre Arquitetos e
Engenheiros, objetivando a obtenção de uma estrutura economicamente competente
para suportar todos os esforços previstos sem prejuízo das demais funções como
compartimentação, vedação, isolamento termo acústico einstalações elétricas e hidráulicas.
Vantagens em relação aos processos tradicionais são: • Economia no uso de madeira para formas; • Redução no uso de concreto e ferragens; • Redução na mão de obra em carpintaria e armação; • Facilidade de treinar mão de obra qualificada; • Projetos são mais fáceis de detalhar; Maior rapidez e facilidade de construção; • Menor número de equipes ou subcontratados de trabalho; • Ótima resistência ao fogo; • Ótimas características de isolamento termoacústico; •
Desvantagens em relação aos processos tradicionais são:
As paredes portantes não podem ser removidas sem substituição por outro elemento de equivalente função; • Impossibilidade de efetuar modificações na disposição arquitetônica original;
O projeto arquitetônico fica mais restrito; • Vãos livres são limitados; • Juntas de controle e dilatação a cada 15m.
Alvenaria Estrutural Não Armada Este sistema vem sendo tradicionalmente utilizado em edificações de pequeno porte, como residências e prédios de até 8 (oito) pavimentos. Existem normas tanto para o cálculo estrutural (NBR 10837 – “Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto”) como para a execução ( NBR 8798 – “Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto”). O tamanho do bloco a ser utilizado é definido na fase de projeto pois é necessária a paginação de cada uma das paredes da edificação. Na alvenaria estrutural não armada à análise estrutural não deve acusar esforços de tração.
Alvenaria Estrutural Armada
Pode ser adotada em edificações com até mais de 20 pavimentos. São normalmente executados com blocos vazados de concreto ou cerâmicos, sendo a execução e o projeto regidos pelas mesmas normas citadas anteriormente. O tamanho do bloco a ser utilizado, assim como na alvenaria não armada, é definido na fase de projeto pois também é necessária a paginação de cada uma das paredes da edificação. Estruturas Mistas É muito comum a ocorrência de estruturas mistas em edifícios com 3 (três) a 5 (cinco) pavimentos, que tenham a necessidade do 1o (primeiro) pavimento com uso diferenciado. Tem pilares das fundações ao piso do 2o (segundo) pavimento, que é totalmente estruturado, e os demais pavimentos são apoiados em alvenarias portantes. Apesar deste modelo ser amplamente adotado em edificações de pequeno porte, e de ser mais econômico do que o modelo totalmente estruturado, tem limitações grandes, e devem ser adotados cuidados especiais não só durante o projeto, mas também durante a sua execução. A definição da capacidade resistente das alvenarias e a análise bem detalhada do projeto arquitetônico, para que as cargas sejam definidas da forma mais precisa possível, é de suma importância para o bom desempenho deste tipo de estrutura.
Oportunamente estarei postando textos sobre serviços complementares na alvenaria estrutural, bem como apresentando equipamentos e ferramentas necessárias para a boa execução deste tipo de construção.
A seguir apresento um vídeo elaborado pela ABCP sobre assunto. Espero que vocês gostem e deixem seus comentários