quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

JE SUIS EMBU GUAÇU


 
Embu Guaçu[] é um município da Microrregião de Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. A sua população estimada em 2009 era de 62.137 habitantes. A sua área é de 155,04 km², o que resulta numa densidade demográfica de 465,5 habitantes por quilômetro quadrado.
"Embu guaçu" é um termo oriundo da língua tupi e significa "grande rio das cobras", através da junção dos termos mboîa (cobra), 'y (rio) e gûasu (grande)[][] .
Seu primeiro nome foi Ilha de Itararé, pois se julgou que esta era uma grande ilha fluvial, tal a quantidade de rios, depois a denominação M'Boy-Guaçu, de origem tupi e que significa "água de cobra"[] e, finalmente, Embu Guaçu. Todos esses nomes, inspirados no Rio Santa Rita, extenso e cheio de curvas sinuosas.
No final do século XIX, em uma de suas andanças pelos sertões paulistas em busca de riquezas como ouro e outros metais preciosos, o casal de sertanistas José Pires de Albuquerque e Emília Pires de Moraes Pedroso, chegaram a região entre os rios das Lavras, Embu Guaçu e o córrego do Borges, onde atualmente está localizado o município de Embu-Guaçu. Impressionados com a beleza natural da região, decidiram fixar residência e erguer a primeira casa, feita de taipas e mão-de-obra escrava, próximo ao Rio Santa Rita (hoje patrimônio da família Svartman, fundadora da primeira indústria do município a “Indústria Química Paulista S/A”).
O povoado cresceu no início de 1900, com a chegada de imigrantes e novas famílias como os Roschel, os Creim, os Schunck, os Domingues, entre outros que constituíram as famílias pioneiras do local.
Em 1906 foi iniciada na região a construção da represa Guarapiranga, construção esta, de responsabilidade da São Paulo Tramway, Light and Power Company, com o intuito de geração de energia elétrica. Porém, em 1928, com o crescimento da cidade de São Paulo, passou a fazer o abastecimento de água potável da região.
Em 1920, José Pires de Albuquerque constrói a primeira indústria, sendo uma fábrica de farinha de mandioca.
Na época as principais ligações eram os rios. Canoas serviam para os moradores transportarem alimentos pelos rios, principalmente pelo Rio Embu-Guaçu, servindo de ligação entre o povoado de Cipó-Guaçu e a vila de Embu-Guaçu.
Por mais de meio século a região apresentou um crescimento populacional, econômico e social bastante moroso, porém com a chegada dos trilhos a região passou a ter um crescimento bastante rápido.
A Inglaterra investia nas ferrovias, principalmente nos países subdesenvolvidos como o Brasil, procurando produtos primários que não haviam no seu pais e por toda a Europa. Em 1927 começaram as difíceis e demoradas obras de construção da ferrovia da Estrada de Ferro Sorocabana, com o ramal Mairinque/Santos, que desceria a Serra do Mar cruzando Embu-Guaçu, onde a obra chegou por volta de 1929.
Em 1932, Embu-Guaçu é elevado à condição de Vila, onde Benedito Roschel de Moraes inaugura a primeira casa comercial.
Em 1937, o novo ramal da ferrovia foi inaugurado. A antiga Estrada de Ferro Sorocabana (1934-1971) transportava o café produzido no interior paulista para o porto santista.
Em Embu Guaçu havia uma estação inaugurada em 5 de abril de 1934, onde houve tráfego de passageiros entre Embu-Guaçu e Santos até novembro de 1997.O nome da ferrovia foi posteriormente alterado para Ferrovia Paulista Sociedade Anônima (FEPASA 1971-1998). Hoje é administrada pela América Latina Logística, que opera o alto tráfego de trens de carga que cruzam o município.
Em 1944, Embu Guaçu é elevado à categoria de Distrito pelo Decreto Lei nº 14.334/44, mas ainda fazendo parte do município de Itapecerica da Serra, ficando com uma área de 171 km².
Em 28 de março de 1965, Embu Guaçu foi elevado à categoria de município, onde ocorreu a primeira legislatura com posse do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, conquistando assim sua emancipação político-administrativa. As eleições para tal feito ocorreram em 07/03/1965.
A comissão do movimento Pró-Emancipação, que trabalhou no sentido de que toda documentação e exigências da Lei Orgânica do Município fossem apresentadas à Assembléia Legislativa do Estado, era composta por: presidente, Sr. Fioravante Francisco; quatro vice-presidentes, Alexandre Rodrigues Nogueira, Antônio Albuquerque Filho, Valdomiro Pereira Rodrigues, Walter dos Reis; Secretário Geral, Benedicto Roschel de Moraes; e quatro secretários, Nilton Higino Martins, Francisco O. Martins, Luiz G. Ávila de Macedo, Rafael Cau; Tesoureiro Geral, Antônio Roschel de Moraes; e quatro tesoureiros, Angelo Flose, Kyiotoschi Morita, Antenor Hervelha e Pedro Júlio da Rocha.
Uma análise da divisão territorial feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 1 de junho de 1995 e confirmada em 15 de julho de 1999 indicou que município é constituído de dois distritos: Embu-Guaçu e Cipó-Guaçu.[]
Seus limites são Itapecerica da Serra a norte, a capital a leste, Juquitiba a sul, Itanhaém a sudeste e São Lourenço da Serra a oeste.
A economia de Embu Guaçu é baseada em indústrias, principalmente de transformação e minerais não metálicos, como caulim, mica e feldspato, e metalúrgicas. Sua economia também é calçada na atividade rural, integrando o Cinturão Verde na Grande São Paulo.
O clima do município, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical. Verão pouco quente e chuvoso. Inverno ameno e subseco.
A média de temperatura anual gira em torno dos dezoito graus centígrados, sendo o mês mais frio julho (média de catorze graus centígrados) e o mais quente fevereiro (média de 22 graus centígrados). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1 400 mm.
Embu Guaçu apresenta 100% de seu território inserido em Área de Proteção de Mananciais (Leis Estaduais 898/75, 1172/76 e 9866/97), integrando também a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (Programa Man and Biosphere da UNESCO), estando ainda submetida ao Decreto Federal 750/93, bem como a outros instrumentos da legislação ambiental brasileira.
No município há o Parque Ecológico Várzea do Embu Guaçu, que abrange 129 ha e é constituída em sua maior parte pelas várzeas do rio Embu Guaçu e Santa Rita, sendo que 80 ha são ocupados por vegetação nativa. Esta área conserva vegetação natural, como manacás, angicos, jacaré-pau, bromélias, táfias, pau-incenso, araucárias, cedros, ipês e outras. Possui remanescentes da Mata Atlântica, paisagens belíssimas e diversidade tanto na fauna quanto na flora.
O Rio Embu Guaçu, abastecido por um de seus afluentes o Rio Santa Rita, serve a Represa de Guarapiranga, com volume aproximado de 30% da sua capacidade.
Embu Guaçu é uma das cidades com quantidades mais expressivas de medalhas estaduais de judô. Modalidade que é massivamente ensinada gratuitamente na cidade.

 

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